A cidade Évora está em festa por estes dias. As festas de S. João animam a cidade domingo: música, debates, exposições, carroceis, gastronomia...e Vergílio Ferreira lembrado por alguns. É o caso de Cláudia Sousa Pereira na crónica para a Rádio Diana (Évora). Discorre sobre a «preguicite» alentejana, alvo de piadolas de quem nunca sentiu o sol alentejano. Vergílio sentiu-o. Ali vivei e deu aulas durante 14 anos. E foi lá que escreveu. O romance Aparição é mais uma vez lembrado nesta crónica. Não sendo a primeira vez que escreve sobre Vergílio, vale a pena ouvir.
O Verão chegará como um vulcão, a cidade abafava em silêncio. A casa estava deserta, de janelas cerradas. Ficámos no rés-do-chão, numa sala vazia, com cadeiras de pau. Alfredo abriu a janela que dava para o pátio. Um muro branco em frente fulgurava ao sol, acima e ao longe uma faixa azul de céu, como na violência luminosa das pinturas impressionistas.
Aparição
Vergílio Ferreira
Bertrand, 16ªed, 1983
O Verão chegará como um vulcão, a cidade abafava em silêncio. A casa estava deserta, de janelas cerradas. Ficámos no rés-do-chão, numa sala vazia, com cadeiras de pau. Alfredo abriu a janela que dava para o pátio. Um muro branco em frente fulgurava ao sol, acima e ao longe uma faixa azul de céu, como na violência luminosa das pinturas impressionistas.
Aparição
Vergílio Ferreira
Bertrand, 16ªed, 1983
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